Os altos e longínquos investimentos que a Coreia do Sul faz no seu mercado audiovisual, estão gerando cada vez mais frutos.

Parasita ganhou o Oscar de melhor filme, e é um dos meus favoritos neste século.

Suas séries estão ganhando cada vez mais espaço, e acredito que a premiação do Emmy 2022 pode indicar o início de uma mudança.

O Emmy é o Oscar das séries, que culminou em indicações e premiações para Round 6, fenômeno mundial e do Brasil.

Já é um feito ser indicado, mas ser premiado mesmo sendo estrangeiro, é um feito quase impossível, e a Coreia do Sul, novamente, conseguiu.

Uma das minhas séries favoritas, Kingdom, é sul-coreana e também da Netflix, recomendo!

A verdade é que olhando as produções americanas e coreanas, não percebemos diferenças na qualidade.

O que há de diferente é a inventividade, seja para contar histórias ou para desenvolvê-las e mostrar em tela. Tudo bem que o que chega para nós é o melhor material da Coreia do Sul, é um conteúdo que chega filtrado.

As produções dos EUA que chegam aqui com pompa de melhores, são repetitivas e decepcionantes. Parece que há um vício padronizado, que faz com que eles tenham dificuldade ou medo de tentar criar histórias mais inovadores e diferentes do que fazem habitualmente. Acho um problema decorrente da arte virando um negócio.

A Coreia está sendo a pioneira no processo de globalização audiovisual, e espero que outros países, inclusive o nosso Brasil, caminhem na mesma direção.

Texto Escrito por Tiago Valente.

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