Starbucks e a Criação de uma Cultura #33

23 de julho de 2022

Starbucks e a criação de uma cultura. #33

“Dedique-se de coração” é o meu livro favorito sobre negócios. Este livro conta a história da Starbucks, misturado com insights de negócios que a empresa desenvolveu durante sua trajetória. 

Nada melhor que Howard Schulz para conta essa história, o cara responsável por implementar as filosofias da empresa e transformá-la numa gigante mundial. 

O que mais me interessa na história da Starbucks, é como eles transmitiram e mudaram a cultura e valores da sociedade, começando por Seatle, e avançado por todo território dos EUA. Fizeram isso sendo, teoricamente, uma empresa que “só” vendia cafés, mas ela foi muito mais do que isso. 

A cultura de tomar café é uma, antes da Starbucks, e outra, depois da Starbucks. 

Assistimos em filmes e séries, americanos comprando cafés prontos para os escritórios ou marcando reuniões em cafeterias. Essa rotina comum do americano, se estabelece pelo surgimento da Starbucks.

Mesmo nós brasileiros, que consumimos muito café, não temos esse costume. Normalmente tomamos em casa ou em padarias, e apesar de produzirmos um café de alta qualidade, nós estamos acostumados a tomar o de pior qualidade.

Para falar da cultura da Starbucks, peguei os títulos de alguns capítulos do livro e teci alguns comentários:

Um forte legado que lhe garante sustentabilidade futura. 

A Starbucks sempre respeitava o seu legado e suas origens. O que fez ela dar certo, foram os cafés de alta qualidade com o melhor preparo para os seus clientes. Mesmo sabendo que poderiam fazer mudanças para lucrar mais, eles sempre mantiveram sua essência. 

A marca dos valores de uma empresa. 

Valores começam pelos donos e devem ser espalhados para todos os funcionários. A Starbucks criou um cartão para que os funcionários escrevessem avaliações sobre a missão da empresa caso algo não estivesse sendo respeitado. Era uma forma, inclusive, dos funcionários avaliarem os seus superiores. Ninguém estava isento.

Reinventando a experiência do café.

Starbucks gera experiências além de beber café. Ela oferece café de qualidade, ambiente de qualidade e pessoas de qualidade para atender os seus clientes. 

Se cativar sua imaginação, cativará os outros.

Pensar em inovação, faz com que as pessoas ao seu redor pensem da mesma forma. 

As pessoas não são um item da linha de produção.

A Starbucks criou um projeto para que todos os seus colaboradores se tornassem donos de ações minoritárias da empresa. Eles se sentiam como sócios, não como funcionários. 

Missão (o texto da missão foi 100% retirado do livro)

Estabelecer a Starbucks como principal fornecedor de café da melhor qualidade do mundo e ao mesmo tempo manter nossa firmeza de princípios. Os seis princípios diretores nos ajudarão a medir a conveniência de nossas decisões: 

– Oferecer um excelente ambiente de trabalho e tratar um ao outro com respeito e dignidade. 

– Abraçar a diversidade como um elemento essencial na maneira de fazermos negócios. 

– Aplicar os padrões mais elevador de excelência na compra, torração e entrega de nosso café sempre fresco. 

– Desenvolver clientes extremamente satisfeitos o tempo todo. 

– Contribuir positivamente com nossas comunidades e nosso ambiente. 

– Reconhecer que lucratividade é essencial para o nosso sucesso futuro. 

A melhor forma de construir uma marca, é de pessoa para pessoa. 

Howard, depois de consolidar o nome da Starbucks, era, constantemente, chamado para dar seminários em empresa sobre construção de marca. O engraçado é que ele não sabia explicar como o fez.

A Starbucks focava na excelência como empresa e desenvolvia sua marca internamente.

A experiência incrível que eles geravam para os clientes, foi o que impulsionou a marca Starbucks. Ela foi crescendo devido ao grande “boca a boca” em torno do seu nome.

Você pode crescer e continuar pequeno na essência. 

Em determinado momento, eles estavam passando de 25 mil para 50 mil funcionários, estavam crescendo muito rápido e tinham medo de perder a sua essência como empresa.

O que fizeram foram projetos macro, que influenciariam toda a empresa.

Um dos programas foi o de inclusão e diversidade. A diretoria da Starbucks era composta por 9 homens brancos e 3 mulheres brancas. Howard incluiu 2 mulheres negras e 1 homem negro, refletindo melhor, segundo ele, o que representava os EUA. 

Uma dessas novas integrantes, desenvolveu um projeto de inclusão para toda a empresa.

Além de misturar as mais diversas etnias, ela focava em incluir funcionários de diferentes faixas de idade, dando oportunidades para pessoas mais velhas.

Até que ponto uma empresa pode ser socialmente responsável. 

A Starbucks tomou medidas mesmo que causassem impacto financeiro negativo. 

Ela pagava um valor acima do mercado para os seus fornecedores e produtores de café premium.

Também participaram da CARE, uma fundação que auxiliava em doações e projetos para países subdesenvolvidos, sendo alguns desses países, nativos de alguns cafés da Starbucks. 

“A MARCA STARBUCKS É MAIS DO QUE CAFÉ

O principal fator para a criação de uma grande marca duradoura é oferecer um produto atraente. Não há substituto.

No caso da Starbucks, nosso produto é muito mais do que café. Os clientes escolhem nos procurar por três motivos: nosso café, nosso pessoal e a experiência em nossas lojas”

(trecho retirado do livro “Dedique-se de Coração”, de Howard Schulz).


Texto Escrito por Tiago Valente.


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