Meu pai trabalha em uma cooperativa de café (Cafesul) e recebeu a notícia esta semana, que conseguiram a licença para começar a torrar café orgânico. Alguns de seus produtores estão no processo para certificação de orgânico, ou seja, plantação sem uso de agrotóxicos e adubação química em todo seu processo.

Se olharmos para os mercados e lojas especializadas, os produtos orgânicos são mais caros que os “tradicionais”.

Retirando 100% do uso de agrotóxicos e adubação química, reduz a produtividade por área, o que aumenta o custo do produto. Além disso, aumenta o custo de mão de obra no manejo. O que resulta é um custo final mais alto para o produto orgânico.

Ele é mais difícil de ser feito, demanda mais tempo, e esse é um dos motivos do seu alto preço por seu valor agregado.

Os sabores mudam também, você está retirando “ingredientes” que normalmente usa para gerar o produto, e deixando o sabor 100% natural, seja ele bom ou ruim.

A notícia triste, é que ainda dependemos do uso de agrotóxicos para conseguir alimentar toda a população.

Para nossa sorte, o consumidor tem cobrado produtos mais saudáveis e está de olho nisso.

A própria Cafesul, que ganhou diversos prêmios de qualidade de café, possui certificação Fairtrade, que só pode ser mantida com pré-requisitos, e um deles, é o uso controlado e correto de agrotóxicos, que parece ser o caminho para o futuro.

Tudo que dá trabalho, vale mais, e a dificuldade de produção do orgânico faz com que o preço suba, mas não podemos negar de que se trata de produtos especiais e acima da média.

Texto Escrito por Tiago Valente.

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