Como a Quarentena nos forçou ao Minimalismo? #05
9 de junho de 2020
Há alguns anos fui apresentado ao método de vida minimalista, pesquisei bastante sobre o assunto e fui entender melhor após assistir ao documentário “Minimalism” do Netflix.
Minimalismo basicamente é um estilo de vida que condiz no desapego de bens materiais.
Muita gente acha que é um voto de pobreza, mas minimalismo “prega” ter o mínimo possível, sem distinguir se isso pode ser algo barato ou caro.
O negócio é ter poucas coisas, mas com qualidade. Essa é a sua “filosofia”.
Minimalismo forçado
Essa quarentena nos obrigou a sermos minimalistas forçadamente.
Por exemplo, eu:
Acabo fazendo um rodízio das mesmas roupas, normalmente as esportivas que são mais leves e confortáveis, o resto fica no armário.
Para que vou usar meu relógio? Com acesso a celular e computador o dia todo, o relógio perde sua utilidade dentro de casa.
Ganhei um ótimo perfume de natal da minha madrinha, mas e aí? Não dá para usar perfume em casa.
Nessa Quarentena, podemos perceber a quantidade de coisas sem sentido que compramos e acumulamos.
Mas por que perdem o sentido? Porque não fazem falta!
Deixando claro que não sou contra os bens materiais, relógios, perfumes, etc. Só que nossa sociedade não se contenta com um. Temos que ter várias coisas, de vários modelos e de várias marcas.
Mas o fato é que estamos sentindo falta é de estarmos junto dos amigos, da família, de tomar uma cerveja no bar, dar uma volta na praia. E isso sim é importante.
A Quarentena nos iguala
Nós precisamos de tão pouco para sermos felizes.
A quarentena só mostra como bens materiais são fúteis perto da situação de tantas pessoas com dificuldade, passando fome e sem ter como trabalhar.
É olhar para o umbigo e refletir. E quem puder, ajudar.
Em um mundo capitalista como o nosso, com pessoas tendo bens de luxo apenas para se afirmar dentro de um status social, a pandemia derrubou tudo isso.
Seu Porcshe preso na garagem vale tanto quanto meu Sandero, seu Rolex no armário vale tanto quanto meu Champion comprado na loja de departamento do shopping, seu Iphone 11 vale tanto quanto meu Xiaomi… E por aí vai.
Valorize as pessoas em vez de bens materiais
Eu prefiro me apegar a pessoas do que a materiais, me apegar à vida. E essa é a maior essência do minimalismo.
Quando você abre mão do material, não só irá mandar embora coisas físicas, mas também mandar embora, muita vaidade junta.
Possuindo o mínimo, e tendo o necessário, faz como que suas preocupações foquem no que realmente importa.
Você agora está livre para viver, para se conectar com as pessoas, sem precisar se autoafirmar com bens materiais – mostrando a sua verdadeira essência.
Não posso ser hipócrita e falar que sou minimalista. Mas é um caminho que persigo e quero chegar.
Como ser humano todos podemos melhorar. Ter consciência disso é o primeiro passo para sermos menos individualistas.
Em um mundo tão desigual como o nosso, a menor das preocupações deveria ser o que você está vestindo, usando ou dirigindo.
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POESIA DA QUARENTENA
Em momentos de pandemia, as pessoas regem a sinfonia,
Tristeza e alegria,
Alegria de poder estar com a família,
Mas logo ligo o jornal, e a tristeza vem, te faz refém,
Então você agradece a Deus por ser um privilegiado e pede por favor, que ele olhe para o outro lado.
– Deus, tem gente precisando mais de você.
Pela primeira vez o pobre se iguala ao nobre,
E esse é um nobre motivo para refletir, sem poder ir e vir, somos apenas pessoas… de carne e osso,
Algo que nem podemos ver, afeta eu, afeta você,
Quem tem mais dinheiro? O que isso importa?
Esse vírus não vê dinheiro, não vê nota,
Mas ele é notável, sentimos na pele sua força e que Deus nos ouça, tire esse mal do Brasil.
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Então galera, o que acharam do Minimalismo na Quarentena? Manda nos comentários!
Para quem se interessar, vou passar o link do documentário do Netflix, “Minimalism”. É uma ótima pedida.
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Por TIAGO VALENTE.
www.linkedin.com/in/tiagovalentetheodoro/
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